Projeto Preguiça - RJ

Estudo de Bradypus dos Remanescentes de Floresta Atlântica do Rio de Janeiro.

Objetivos do Projeto Preguiça

Estudar e adicionar informações ao estudo de mamiferos arboricolas, e Xenarthras viventes, com principal foco em preguiças na Mata Atlântica.

Subsidiando o monitoramento das populações de preguiças, e suas interações com o meio ambiente, atraves da densidade, area de uso, e fauna de artrópodes associada, relacionando a efeitos de fragmentação (permeabilidade de matrizes; preferencia interior x borda; ), e disponibilidade de recursos (sazonalidade; itens alimentares;efeito da chuva).

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

CURSO DE ASCENSÃO EM DOSSEL



 -TECNICAS PARA O ESTUDO DE FAUNA DE CANÓPIA-

Nível Básico 


O Conteúdo do Curso Nível Básico consiste num conjunto de conhecimentos sobre a física dos materiais, demonstração e execução de nós e voltas, análise do ambiente e usos pretendidos, estabelecendo níveis de segurança para o desenvolvimento de tarefas.
Destinado a estudantes e interessados em iniciar estudos de ascenção.

Nível Intermediário/Avançado

O treinamento é destinado a pessoas que trabalham com fauna de canópia, e escaladores interessados.


Consiste em apresentar e executar TÉCNICAS DE ASCENSÃO EM DOSSEL PARA INSTALAÇÃO DE DISPOSITIVOS DE PESQUISA DE CAMPO
(redes de neblina e armadilhas ‘live-trap’, câmera-trap)




Para obter informações sobre serviços e cursos entre em contato por e-mail: carol.bradypus@gmail.com

Obrigada pela atenção

terça-feira, 13 de julho de 2010

Curso de Escalada en Arboles

CURSO BÁSICO DE ASCENSO A DOSEL

www.crossingcamp.blogspot.com
O Curso será realizado nos dias 27 a 30 de Novembro de 2010.
Evento promovido pelo III Congresso Colombiano de Zoologia, em Medellin nos dias 21 a 26 de novembro.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Estratificação Vertical: 

A Floresta em Camadas 
Estima-se que 70-90% da fauna da Floresta Atlântica exista em ávores, acima do sombriado chão da floresta. Podemos inicialmente dividir a Floresta Atlântica verticalmente em cinco camadas: dois estratos de dossel, o sub-bosque, o estrato arbustivo e o chão da floresta.

Cada camada tem uma relação única de interação animal-planta com o ecossitema ao seu redor.

O dossel superior refere-se as copas das árvores emergentes que sobem 2-10 pés (6,1 - 30,48 metros) acima do resto da copa.

A copa ou dossel inferior é o denso 'teto' das árvores e seus galhos, enquanto o sub-bosque é o nome dado a camada incompleta abaixo da copa, formada por pequenas e jovens árvores melhor distribuídas e espaçadas.

O estrato arbustivo é caracterizado por espécies arbustivas e árvores menores, que crescem somente 5-20 pés (1,52 - 6,1 metros) acima do chão da floresta.

O chão da floresta é a camada de solo da floresta feita de troncos de árvores, fungos e vegetação rasteira.

Estas camadas nem sempre são encontradas na natureza, mas servem de boa base para modelos de estrutura da vegetação.

Suprimentos e Suporte para a Fauna e o Ecossistema 
O dossel fornece a fonte de energia para a floresta, convertendo a energia solar, através da fotossíntese.

Como a taxa de fotossíntese do dossel das árvores é tão elevada, estas plantas têm uma maior produção de frutos, sementes, flores e folhas, que atraem e apoiam uma ampla diversidade de vida animal.

Além de atrair uma ampla variedade de vida selvagem, o dossel desempenha um papel importante na regulação do clima regional e global, pois é o principal local de intercâmbio de calor, vapor d'água e gases atmosféricos.

ESTRATIFICAÇÃO DA COPA- 
Análise de microhabitat para inferir a área de vida

Preguiças apresentam comportamentos únicos e especiais. O hábito arborícola nos permite uma adaptação no estudo da área de vida utilizada, tornando possivel o direcionamento do foco das observações ao uso da copa. Como sugerido por Barreto (2007), é possível que estes animais possam suportar modificações, em escala de microhabitat, e diversas variáveis ambientais, como radiação solar, temperatura e grau de umidade, dependendo do local da copa a ser ocupado.

Este mesmo autor adaptou o proposto por Johansson (1974) para estudos de copa, e utilizou a espécie vegetal como microhabitat, onde a copa foi dividida em copa interna, mediana ou externa. Como observado, variações desses fatores nas copas das árvores são responsáveis pela modificação na comunidade de vários organismos, como epífitas e répteis (BARRETO, 2007).

Segundo Cassano (2006), as preguiças possuem áreas de vida pequena quando comparadas a mamíferos de mesmo tamanho corpóreo. Para Montgomery e Sunquist (1978), a área de vida de cada indivíduo da espécie B. variegatus poderia ser mais bem representada pelas copas das árvores utilizadas (volume) do que pela área total que engloba tais árvores, incluindo a variável altura, e observando o espaço ocupado de forma tridimensional. Assim, foram encontrados áreas de vida variando entre 0,5 e 3,7 ha (média de 1,6 ha) e entre 0,15 e 1,4 ha (média de 0,9 ha) para B. variegatus na região amazônica. Pinheiro e De Sousa (2006) descreveram as árvores utilizadas para repouso pelas preguiças, observando a escolha dos estratos florestais.  

Dependendo ainda das adaptações para a vida arborícola, esses mamíferos podem utilizar, nos diferentes extratos florestais, diversos tipos de estrutura, como lianas, folhas de árvores, galhos e conexão entre estratos florestais (EMMONS, 1995). Desta forma, alguns estudos procuraram quantificar estas estruturas em cada espécie vegetal utilizada, como o número de lianas disponíveis (BARRETO, 2007; QUEIROZ, 1995).

terça-feira, 1 de junho de 2010

Implicações no Manejo de Bicho Preguiça

No município do Rio de Janeiro observa-se a perda de muitos individuos de bicho-preguiça, devido a diagnosticos equivocados e achismos. Animais são levados a quarentena e translocados sem a devida importancia para a conservação de populações de preguiças em remanescentes, que já sofem com ameaças por perda de habitat.

A enorme deficiência na tomada de decisões de profissionais responsáveis pelo bem-estar animal é um reflexo da baixa procura por informações de especialistas.
Os estudos com animais de vida livre subsidiam informações sobre sua biologia, comportamento e interações. Contudo, informações sobre a dieta e comportamento de termorregulação contribuem para manejo e contenção adequada, minimizando o estresse e favorecendo a recuperação mais rápida e eficiente.

Por favor observem que Tamanduás, preguiças e tatus são animais selvagens e NÃO devem ser tratados como PETS. Por isso quanto maior for o tempo do animal retido em cativeiro menor serão as chances de sobreivência. Esses nacionais são potegidos por leis nacionais e internacionais, incluindo o CITES (Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora).

Bradypus torquatus & Bradypus variegatus

As preguiças de três dedos pertencem à família Bradypodidae e estão restritas a florestas neotropicais da América Central e do Sul. A preguiça comum, espécie Bradypus variegatus (Schinz, 1825), apresenta uma distribuição ampla, sendo encontrada em quase todos os países da America do sul. Já B. torquatus (Illiger, 1811), conhecida como preguiça-de-coleira, é endêmica da Mata Atlântica. As preguiças são encontradas tanto em ambientes florestais, quanto em ambientes pouco perturbados como a “cabruca” (plantação de cacau em mata silvestre), bem como em pequenas praças urbanas que possuem variedades de espécies exóticas e elevado grau de isolamento de outras populações.

O Estado do Rio de Janeiro é o limite sul da distribuição da preguiça de coleira e aqui já ocorreram em simpatria em algumas áreas com a preguiça comum. Alguns estudos sobre a ecologia de ambas as espécies já foram publicados. Contudo, não há estudos que mostrem tais aspectos, em áreas de simpatria.
São conhecidas 31 espécies de Xenarthras, grupo que une Preguiças Tamanduás e Tatus.
Conservacionistas e Mastozoólogos formam uma rede internacional para a proteção e informação de xenarthras, através do Grupo Especialista da IUCN/SSC (Anteater, Sloth and Armadillo Specialist Group).
The ASASG also directly supports field research and conservation through the Xenarthra Conservation Fund, a small-grants program designed to help students and researchers in habitat countries.

Atualmente é liderado pela 'chair' Dr. Mariella Superina, especialista em tatus, Pesquisadora visitante do Assistant Researcher at the Instituto de Medicina y Biología Experimental de Cuyo in Mendoza, Argentina. Dr. Superina is assisted by Dr. Flávia Miranda, Deputy Chair of the ASASG. Dr. Miranda is an anteater expert, president of Projeto Tamanduá, and works for the Global Health Programs / Wildlife Conservation Society in São Paulo, Brazil. Dr. Agustín M. Abba, armadillo expert and Assistant Researcher at the Facultad de Ciencias Naturales y Museo, Universidad Nacional de La Plata in La Plata, Argentina, serves as the ASASG's Red List Authority.