Estratificação Vertical:
A Floresta em Camadas
Estima-se que 70-90% da fauna da Floresta Atlântica exista em ávores, acima do sombriado chão da floresta. Podemos inicialmente dividir a Floresta Atlântica verticalmente em cinco camadas: dois estratos de dossel, o sub-bosque, o estrato arbustivo e o chão da floresta.
Cada camada tem uma relação única de interação animal-planta com o ecossitema ao seu redor.
O dossel superior refere-se as copas das árvores emergentes que sobem 2-10 pés (6,1 - 30,48 metros) acima do resto da copa.
A copa ou dossel inferior é o denso 'teto' das árvores e seus galhos, enquanto o sub-bosque é o nome dado a camada incompleta abaixo da copa, formada por pequenas e jovens árvores melhor distribuídas e espaçadas.
O estrato arbustivo é caracterizado por espécies arbustivas e árvores menores, que crescem somente 5-20 pés (1,52 - 6,1 metros) acima do chão da floresta.
O chão da floresta é a camada de solo da floresta feita de troncos de árvores, fungos e vegetação rasteira.
Estas camadas nem sempre são encontradas na natureza, mas servem de boa base para modelos de estrutura da vegetação.
Suprimentos e Suporte para a Fauna e o Ecossistema
O dossel fornece a fonte de energia para a floresta, convertendo a energia solar, através da fotossíntese.
Como a taxa de fotossíntese do dossel das árvores é tão elevada, estas plantas têm uma maior produção de frutos, sementes, flores e folhas, que atraem e apoiam uma ampla diversidade de vida animal.
Além de atrair uma ampla variedade de vida selvagem, o dossel desempenha um papel importante na regulação do clima regional e global, pois é o principal local de intercâmbio de calor, vapor d'água e gases atmosféricos.
ESTRATIFICAÇÃO DA COPA-
Análise de microhabitat para inferir a área de vida
Preguiças apresentam comportamentos únicos e especiais. O hábito arborícola nos permite uma adaptação no estudo da área de vida utilizada, tornando possivel o direcionamento do foco das observações ao uso da copa. Como sugerido por Barreto (2007), é possível que estes animais possam suportar modificações, em escala de microhabitat, e diversas variáveis ambientais, como radiação solar, temperatura e grau de umidade, dependendo do local da copa a ser ocupado.
Este mesmo autor adaptou o proposto por Johansson (1974) para estudos de copa, e utilizou a espécie vegetal como microhabitat, onde a copa foi dividida em copa interna, mediana ou externa. Como observado, variações desses fatores nas copas das árvores são responsáveis pela modificação na comunidade de vários organismos, como epífitas e répteis (BARRETO, 2007).
Segundo Cassano (2006), as preguiças possuem áreas de vida pequena quando comparadas a mamíferos de mesmo tamanho corpóreo. Para Montgomery e Sunquist (1978), a área de vida de cada indivíduo da espécie B. variegatus poderia ser mais bem representada pelas copas das árvores utilizadas (volume) do que pela área total que engloba tais árvores, incluindo a variável altura, e observando o espaço ocupado de forma tridimensional. Assim, foram encontrados áreas de vida variando entre 0,5 e 3,7 ha (média de 1,6 ha) e entre 0,15 e 1,4 ha (média de 0,9 ha) para B. variegatus na região amazônica. Pinheiro e De Sousa (2006) descreveram as árvores utilizadas para repouso pelas preguiças, observando a escolha dos estratos florestais.
Dependendo ainda das adaptações para a vida arborícola, esses mamíferos podem utilizar, nos diferentes extratos florestais, diversos tipos de estrutura, como lianas, folhas de árvores, galhos e conexão entre estratos florestais (EMMONS, 1995). Desta forma, alguns estudos procuraram quantificar estas estruturas em cada espécie vegetal utilizada, como o número de lianas disponíveis (BARRETO, 2007; QUEIROZ, 1995).
Olá!
ResponderExcluirGostaria de saber de que referência foi retirada a figura que mostra os estratos florestais?
Obrigada e parabéns pelo blogger!